Ao marchar pelo território alemão, a 2ª Divisão de Infantaria dos EUA descobria vários locais onde haviam sido perpetrados os mais bárbaros tipos de crimes pelos nazistas e seus asseclas. Por exemplo, no início de abril de 1945, aquela unidade militar capturou a cidade de Hadamar onde havia uma clínica psiquiátrica na qual, entre 1941 e março de 1945, cerca de quinze mil homens, mulheres e crianças foram assassinadas pelo programa nazista de "eutanásia".

Na primeira fase das operações de extermínio (janeiro a agosto de 1941), a equipe da clínica de Hadamar assassinou aproximadamente dez mil pacientes alemães por asfixia através de monóxido de carbono, liberado dentro de uma câmara de gás construída para parecer uma sala de banhos. De agosto de 1942 a 24 de março de 1945, cerca de quatro mil quatrocentas e vinte pessoas com problemas mentais foram assassinadas diretamente pelos médicos daquela instituição e suas equipes.

Os médicos residentes e seus auxiliares assassinavam pessoalmente a maioria das vítimas, entre os quais estavam pacientes alemães com deficiências, idosos mentalmente desorientados porque haviam sido resgatados de áreas bombardeadas, crianças "meio- judias" colocadas em instituições de assistência social, trabalhadores forçados [escravos] psicológica e fisicamente debilitados (bem como a seus filhos), soldados alemães, e também soldados estrangeiros que compunham a Waffen-SS, todos que fossem considerados como psicologicamente incuráveis. Os médicos de Hadamar e suas equipes assassinaram quase todas essas pessoas por overdoses de drogas letais e por negligência proposital.