Dora, seus pais, seu irmão, seu tio, sua tia, e dois primos viviam juntos na casa de seu avô em Essen, Alemanha. Os Unger eram judeus praticantes e, quando Dora tinha 8 anos, ela começou a frequentar regularmente as reuniões da Brit HaNoar, uma organização religiosa para jovens.
1933-39: Em outubro de 1938, uma professora veio até mim na piscina municipal dizendo, com os olhos cheios de lágrimas, "judeus não podem mais nadar aqui". Algumas semanas depois, em 9 de novembro, os judeus foram presos e suas propriedades destruídas. Um vizinho tentou nos proteger mas, naquela noite, enquanto nossa família se reunia apressadamente, os nazistas avistaram nossa casa. De repente, um machado voou pela janela, caindo próximo da minha cabeça. Alguns dias depois, fugimos para a Holanda.
1940-45: Em Amsterdã, por serem refugiados, meus pais não podiam trabalhar e por isso não podiam sustentar a mim e ao meu irmão. Uma organização judaica me enviou a uma instituição, a Buergerweeshuis, um orfanato com 80 crianças refugiadas judias. Logo após a invasão da Holanda pelos alemães em maio de 1940, "Mama Wysmueller", uma holandesa que lutava para resgatar milhares de crianças, providenciando passagens para a Inglaterra, chegou e mandou que todos nós nos vestíssemos. Fomos levados de ônibus até um píer e colocados em um barco, o Bodengraven.
Dora passou o restante da guerra na Inglaterra. Seus pais e seu irmão faleceram nos campos de Sobibor e Auschwitz. Dora emigrou para Israel em 1946.
Leia Mais