Pano-de-Fundo

No dia 1 de novembro de 2005, a Assembléia-Geral das Nações Unidas adotou uma Resolução que designou o dia 27 de janeiro como o “Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”.  A data marca a liberação de de Auschwitz-Birkenau e tem por objetivo homenagear as vítimas do nazismo. A mesma resolução apóia o desenvolvimento de programas educacionais que mantenham a  lembrança do que aconteceu durante o Holocausto prevenindo assim futuros genocídios. 

A Resolução 60/7 não apenas estabelece o dia 27 de janeiro como o “Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto”, ela também rejeita qualquer tipo de negativa da existência do Holocausto.  A resolução encoraja os estados-membros da ONU a preservarem ativamente os locais que os nazistas utilizaram para a “Solução Final” (por exemplo, centros de extermínio, campos-de-concentração e prisões).  Utilizando-se da Declaração Universal de Direitos Humanos, a Resolução condena todas as formas de “intolerância religiosa, incitação, perseguição, ou violência contra pessoas ou comunidades baseadas em sua origem étnica ou crença religiosa” por todo o mundo.      

Velas ao longo dos trilhos de trem que levam a Auschwitz

Atividades das Homenagens

A primeira solenidade foi levada a cabo no dia 27 de janeiro de 2006 na sede da ONU, na cidade de Nova Iorque.  Cerca de 2.200 pessoas estiveram presents ao evento. Uma vez que a cerimônia foi transmitida ao vivo pela televisão, um número muito maior pode assistir à cerimônia por todo o mundo. A Sede da ONU realiza essas homenagens oficiais a cada ano.  Os escritórios de representação da ONU através do globo e outros órgãos de governos de países distintos  também realizam suas próprias cerimônias.

Desde 2010 a ONU tem aprofundado temas específicos para as cerimônias anuais.  No ano inicial, o foco foi sobre os sobreviventes do Holocausto e as lições que eles podem dar às futuras gerações. Em 2011 o tema foi a experiência das mulheres; em 2012, o tema foi “As Crianças e o Holocausto”, enfatizando as consequências da violência em massa contra crianças; e em 2013, os eventos focalizaram nas pessoas e indivíduos que arriscaram suas próprias vidas para “salvar dezenas de milhares de judeus, romas e sintis [ciganos], além de outros grupos perseguidos, de uma morte certa sob o regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial na Europa”.  

Em 2014, o foco foi nas jornadas através do Holocausto—da deportação à libertação; em 2015, o tema foi sobre como as experiências do Holocausto moldaram a criação da ONU; e em 2016, foram esmiuçadas a Carta das Nações Unidas e a conexão da Declaração Universal de Direitos Humanos com o Holocausto.  

No ano de 2015, 39 países participaram das celebrações do “Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto”.  As atividades de lembrança variaram de país a país; alguns foram sedes de palestras e apresentações de diferentes tópicos, enquanto outros mostraram filmes e documentários sobre o Holocausto; e, em outros, velas eram acendidas enquanto eram lidos os nomes das vítimas do regime nazista

Além de celebrar o “Dia Internacional de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto” estabelecido pela ONU, muitos outros países participantes estabeleceram seus próprios dias de lembrança, os quais são frequentemente conectados aos eventos do Holocausto.  Por exemplo, a Argentina estabeleceu o dia 19 de abril, o dia da revolta do gueto de Varsóvia, como o “Dia Nacional da Diversidade Cultural”.  A Hungria celebra o dia 16 de abril como o “Dia Nacional de Lembrança do Holocausto”, relembrando a data do estabelecimento do gueto de Munkács.  Em 1979, o congresso dos EUA estabeleceu o “Dia de Lembrança”, que usualmente acontece entre o mês de abril e o início de maio, para celebrar as vítimas do regime nazista. O Dia de Lembrança nos EUA corresponde ao Yom ha-Shoah”, o dia israelense de “Lembrança do Holocausto” [os calendários gregoriano, seguido nos EUA, e o calendário judaico têm ciclos/datas diferentes].