Karl nasceu na pequena cidade de Bad Zwishenahn, no norte da Alemanha. Quando ele tinha apenas dois anos, sua família mudou-se para o porto de Bremerhaven, perto de Bremen. Seu pai era marinheiro e sua mãe conseguiu emprego como enfermeira em um hospital local. Após o falecimento do pai, Karl continuou morando com sua mãe. Ele tinha 20 anos quando iniciou os estudos para se tornar diácono de sua paróquia.
1933-39: Eu tinha 26 anos quando meu parceiro ciumento me denunciou. Fui preso em casa, com base no parágrafo 175 do código penal, o qual definia homossexualismo como um ato "anormal". Apesar daquela lei já estar em existência há alguns anos, os nazistas ampliaram sua abrangência e a usaram como desculpa para efetuar prisões em massa de homossexuais. Fui preso no campo de concentração de Neuengamme, perto de Hamburgo, onde os que haviam sido presos com base no "parágrafo 175" tinham que usar um triângulo cor-de-rosa preso no unforme.
1940-44: Como tinha recebido um pouco de treinamento na área de enfermagem, fui transferido para trabalhar no hospital de prisioneiros do subcampo de Wittenberg. Um dia, um guarda mandou que eu diminuísse a quantidade de pão para os pacientes poloneses prisioneiros de guerra, mas eu me recusei e disse que era desumano tratar os poloneses daquela forma. Como punição, fui enviado para Auschwitz e, daquela vez, ao invés de ser marcado como alguém que havia infringido "parágrafo 175", passei a usar o triângulo vermelho dos prisioneiros políticos. Em Auschwitz, eu tive um parceiro polonês, seu nome era Zbigniew.
Karl foi libertado de Auschwitz em 1945. Depois da Guerra, ele enfrentou muitas dificuldades por haver sido condenado com base no parágrafo 175.
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