Os pais de Julian, que eram católicos, moravam nos Estados Unidos quando sua mãe decidiu retornar à Polônia. Em 1939, após ter sido pego escondendo um rifle, Julian foi deportado para a Áustria para trabalhar em uma fazenda. Na fazenda ele conheceu a filha do proprietário, Frieda, sua futura esposa. Ele foi preso em 1941, pois relacionamentos entre austríacos e poloneses eram considerados ilegais e, em 1942, ele foi deportado para o campo de Flossenbürg, na Alemanha. Em 1945, durante uma marcha forçada de prisioneiros, ele foi libertado pelas forças norte-americanas. Julian e Frieda casaram-se após a Guerra.
Havia muita, mas muita coisa ruim acontecendo em Flossenbürg. A vida, o dia-a-dia, era terrível. Nós acordávamos às 4h30 ouvindo os gritos de "vamos, vamos, vamos", e íamos para a pedreira, one trabalhávamos por doze horas, seis dias por semana, doze horas por dia. Domingo, no domingo antes do meio-dia, fazíamos as assim chamadas "tarefas diárias", sabe? Limpar nossos armários, o barracão, nos limpar e tudo o mais, e então éramos inspecionados. Se alguém perdesse um botão ou algo do tipo, era punido. Por isto, o campo era limpo. No começo, era limpo, tenho que admitir. Ah, eles cortavam nosso cabelo todos os mêses e, toda semana, cortavam com a máquina no tôpo da cabeça, sabe? Então, nós trabalhávamos doze horas por dia. A comida não...não era suficiente para sobreviver durante seis meses, até mesmo para uma pessoa muito forte. As pessoas mais fortes que vi estavam mortas dentro de seis meses. De manhã a gente recebia apenas meio litro de, como se chama aquilo?...café preto, quer dizer, era café falsificado, à base de casca de árvore... Quem trabalhava nas pedreiras recebia, por volta das nove horas, duas fatias de pão com margarina, pois o trabalho era pesado. Ao meio-dia, como dá para ver nesta foto, recebíamos sopa, sopa de repolho, repolho roxo. Eu achava que nunca mais iria comer repolho roxo na minha vida. Também espinafre. Espinafre. Espinafre. Eu pensava "meu Deus, espinafre de novo", e aquilo era aguado, sabe?. Não tinha nenhuma tipo de gordura. Eu achava que nunca mais fosse querer ver espinafre na minha frente. Mas, sabe de uma coisa: eu gosto de espinafre!
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