Embora os pais de Julian, católicos poloneses, houvessem emigrado para os Estados Unidos antes da Primeira Guerra Mundial, sua mãe decidiu retornar à Polônia, onde Julian nasceu em uma aldeia próxima à grande cidade de Tarnow, no sul daquele país. Julian foi criado por sua mãe em Skrzynka, em suma chácara com uma área de 16 mil metros quadrados. Seu pai permaneceu nos Estados Unidos.
1933-39: Aos 16 anos, saí de casa e trabalhei como lavador de pratos em um elegante clube judaico no centro de Tarnow. Quando os alemães invadiram a cidade, em setembro de 1939, retornei para a minha aldeia. Lá, 27 dos judeus de Skrzynka, [pessoas de bem] que eu conhecia, foram obrigados [pelos nazistas] a cavar suas próprias covas e, em seguida, foram massacrados a tiros. Em uma mata próxima, eu encontrei e escondi um rifle abandonado por um soldado polonês em retirada, mas fui traído e deportado para a Áustria, perto de Linz, para trabalhar na fazenda de um rico proprietário de terras.
1940-44: Apaixonei-me por Frieda, a filha do proprietário, e ela também se apaixonou por mim. Quando seu pai soube, ele se opôs ao nosso relacionamento e ela foi enviada para outra fazenda. Continuamos nos encontrando em segredo, embora a lei nazista proibisse relacionamentos entre poloneses e alemães. A Gestapo me avisou: "Se você se encontrar novamente com Frieda, será enforcado". Fui transferido para outra fazenda, mas continuamos nos encontrando até que fui preso, em 19 de setembro de 1941. Fui encarcerado em um local próximo e, em seguida, transferido para Flossenbürg onde, [como escravo], trabalhei em uma pedreira.
Julian foi libertado em 23 de abril de 1945, durante uma marcha forçada que havia saído de Flossenbürg. Reencontrando-se após a Guerra, Julian e Frieda se casaram e emigraram para os Estados Unidos.
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