Ruth cresceu na cidade de Morávia Ostrava, na região da Morávia, que abrigava a terceira maior comunidade judaica na Tchecoslováquia. Quando Ruth ainda era criança seus pais se divorciaram. Ela e a irmã, Edith, foram morar com a avó paterna e com um tio, mas continuaram a manter contato constante com o pai. Ruth estudava para ser pianista e sonhava freqüentar um conservatório de música em Praga.
1933-39: Em março de 1939 a Boêmia e a Morávia foram ocupadas pela Alemanha e declaradas áreas de protetorado alemão. Naquele outono, os judeus da cidade com idade para trabalhar receberam ordens para se apresentar para o trabalho forçado/escravo. O pai de Ruth e Edith conseguiu escapar e fugir para a casa de uma irmã em Brno, e providenciou a ida das filhas para a cidade de Vyskov, para viverem com uma tia. Passado um mês, ele mandou buscar suas filhas e pagou a um fazendeiro tcheco para que ele permitisse que a família trabalhasse em uma fazenda perto de Brno.
1940-45: Em 1942 Ruth foi deportada para o gueto de Theresienstadt, onde conheceu um judeu a quem uniu-se. Um ano mais tarde, grávida, ela foi deportada para Auschwitz. Depois que Ruth deu a luz, um “médico” das SS a fez passar por uma “experiência“ para verificar qual o tempo que a criança poderia sobreviver sem alimentos. Ele ordenou que seus seios fossem amarrados com um cordão que impedia o aleitamento mas, secretamente, Ruth tentou salvar a filhinha, procurando restos de pão seco e os molhando na água, mas com a fome o bebê foi definhando e sua barriguinha inchando cada vez mais, causando-lhe muito sofrimento. Um médico, que também era prisioneiro, convenceu Ruth a injetar uma dose letal de morfina no bebê que sofria e que não tinha mais chances de sobreviver.
Ruth foi libertada de um campo de trabalho escravo, perto de Leipzig, Alemanha, pelas tropas norte-americanas. Depois da guerra, viuva, ela casou-se novamente e viveu em Praga até 1949, quando emigrou para Israel.
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