Quando a Alemanha ocupou a Dinamarca, a população dinamarquesa ajudou os judeus. Nesta foto vêm-se corajosos pescadores dinamarqueses (à frente) transportando fugitivos judeus através de um estreito canal, para levá-los até a segurança da neutra Suécia. Suécia, 1943.
Preben nasceu no seio de uma família protestante em Snekkersten, uma pequena vila pesqueira dinamarquesa. Em 1940 os alemães invadiram a Dinamarca. Preben tornou-se mensageiro da resistência. Quando, em outubro de 1943, a Gestapo (Polícia Secreta Alemã) começou a caçar os judeus na Dinamarca, Preben ajudou a escondê-los em casas próximas ao litoral e os conduzia até os barcos que os levavam até a Suécia. O próprio Preben teve que se refugiar na Suécia, em novembro de 1943. Ele retornou à Dinamarca em maio de 1945.
Os alemães ocuparam a Dinamarca em abril de 1940, mas o governo dinamarquês não foi extinto e conseguiu proteger os judeus do país. Em agosto de 1943, o governo foi deposto após se recusar a cumprir exigências alemãs. A polícia nazista começou a prender judeus no início de outubro. Leif e sua família decidiram fugir e foram transportadas clandestinamente para a Suécia em um barco de pesca. Na Suécia, Leif frequentou a escola e seus pais trabalharam em uma fábrica de roupas. A família retornou para a Dinamarca após o fim da Guerra.
A Alemanha ocupou a Dinamarca em abril de 1940. O governo dinamarquês não foi extinto e conseguiu proteger os judeus daquele país contra as medidas antissemitas. No entanto, no final de agosto de 1943, o governo dinamarquês foi deposto após se recusar a cumprir as exigências alemãs. No início de outubro de 1943, a polícia alemã começou a prender os judeus. Tove e sua família decidiram fugir. Conseguiram chegar até a vila de pescadores de Snekkersten, de onde conseguiram navegar até alcançarem a segurança oferecida pela Suécia. Tove voltou para a Dinamarca em maio de 1945.
Preben nasceu no seio de uma família protestante na pequena aldeia pesqueira de Snekkersten, na Dinamarca. Ele foi criado pela avó, que também era responsável pela criação de outros cinco netos. Todos os dias, Preben tinha que viajar até a escola, que estava localizada na capital dinamarquesa, Copenhague, a aproximadamente 40 quilômetros de Snekkersten.
1933-39: Havia poucos judeus na minha escola primária, mas eu não os via como judeus, para mim eles eram meus colegas e amigos. Na Dinamarca não fazíamos distinção entre judeus e não-judeus, éramos todos dinamarqueses. Na quinta série, meus colegas e eu escutamos rumores sobre o o crescente fortalecimento militar da Alemanha mas, em 1939, meus pais disseram que Hitler havia prometido não invadir a Dinamarca, e nos sentimos com uma certa segurança.
1940-42: Ocupação. Em abril de 1940, cheguei em Copenhague e vi aviões sobrevoando a cidade, além de oficiais alemães andando pelas ruas. Juntei-me à resistência [partisans] como um mensageiro, mas foi apenas em outubro de 1943 que me envolvi mais com o movimento, que foi quando a Gestapo começou a caçar os judeus dinamarqueses. Começamos a ajudar aos judeus. Nós os escondíamos em casas perto do litoral e os levávamos até barcos que nos aguardavam em um horário pré-determinado. Escondidos pela escuridão, guiávamos até doze judeus de cada vez pelos desfiladeiros que estavam situados frente à costa sueca. A viagem marítima de seis quilômetros, entre a Dinamarca e a Suécia, demorava cerca de 50 minutos.
Preben ajudou a transportar 1.400 refugiados até a Suécia, onde também teve que se refugiar quando os alemães tomaram o controle do governo dinamarquês, em novembro de 1943. Preben retornou para seu país natal em maio de 1945.
Leif nasceu no seio de uma família judia em Copenhague, a capital dinamarquesa. Seus pais eram membros ativos da comunidade judaica local, e seu pai possuía uma pequena fábrica de roupas. Grande parte dos 6.000 judeus da Dinamarca vivia naquela cidade antes da Guerra. Apesar de seu pequeno tamanho, a população judaica da cidade apoiava muitas organizações judaicas no estrangeiro, frequentemente ajudando refugiados por toda a Europa.
1933-39: Comecei a frequentar uma pré-escola judaica perto de uma escola para meninas em Copenhague. Eu não gostava da minha escola pois eles me obrigavam a dormir durante a tarde. Lá nós aprendíamos a escrever, a ler e até cantávamos de vez em quando. Eu brincava com todas as crianças, algumas eram judias e outras não. Eu não me importava, para mim todas elas eram minhas amigas.
1940-44: Os alemães ocuparam a Dinamarca em abril de 1940. Em 28 de agosto de 1943, no mesmo dia que eles assumiram o governo, meus pais nos levaram para o Tivoli Gardens, um enorme parque de diversões no centro de Copenhague. Na saída vimos grupos de pessoas olhando enquanto um comboio de tanques alemães passava pela rua. Mais tarde, meu pai mandou que nos preparássemos para sair da cidade. Meus pais estavam assustados, mas para mim que aquilo era uma aventura. Colocamos roupas para proteger contra o frio e tomamos um trem rumo ao sul do país. Em outubro, em um barco de pesca, viajamos clandestinamente para a Suécia.
Depois que as tropas alemãs se renderam na região da Escandinávia, no dia 4 de maio de 1945, Leif e sua família retornaram para a Dinamarca.
Esta embarcação, chamada de “Sunshine” (anteriormente “Lurifax”), foi usada durante a Segunda Guerra Mundial para transportar até a Suécia os refugiados dinamarqueses, quando a Dinamarca foi ocupada pelos alemães.
A Alemanha ocupou a Dinamarca em 1940. Quando os alemães decidiram deportar os judeus daquele país, em agosto de 1943, os dinamarqueses organizaram espontâneamente operações de salvamento e ajudaram seus compatriotas judeus a alcançar a costa; de lá, os pescadores faziam seu transporte para a Suécia, país neutro. A operação de resgate foi efetuada com a participação da resistência, da polícia e do governo dinamarquês. Em pouco mais de três semanas, os dinamarqueses transportaram mais de 7000 judeus e cerca de 700 de seus familiares não judeus para a Suécia, a qual aceitou abrigar aqueles refugiados. Os alemães capturaram cerca de 500 judeus na Dinamarca e os deportaram para o gueto de Theresienstadt, na Boêmia. Os dinamarqueses exigiram informações sobre o local para onde os prisioneiros haviam sido levados, e o vigor dos protestos dinamarqueses provavelmente impediu a deportação daqueles judeus para os centros de extermínio na Polônia ocupada.
A maioria dos indivíduos na Europa ocupada pelos alemães não colaborou diretamente com o genocídio nazista e tampouco fez alguma coisa para ajudar e proteger os judeus e outras vítimas. Durante o Holocausto, milhões de pessoas permaneceram caladas enquanto viam judeus, ciganos, e outros “inimigos do Reich” sendo confinados e deportados. Muitos daqueles espectadores diziam para si mesmos que não tinham nada a ver com o que estava acontecendo; outros sentiam-se muito amedrontados para oferecer ajuda. Em vários lugares, abrigar judeus era crime sujeito à pena de morte.
Apesar dos riscos, um pequeno número de indivíduos recusou-se a ficar inerte, sem nada fazer contra as injustiças e horrores praticados pelos alemães e seus colaboradores em vários países. Aquelas pessoas tiveram coragem de ajudar oferecendo esconderijos, rotas de fuga subterrâneas, documentos falsos, alimentos, roupas, dinheiro, e algumas vezes até mesmo armas.
A Dinamarca foi o único país ocupado que resistiu ativamente à tentativa do regime nazista de deportar seus cidadãos judeus. Em 28 de setembro de 1943, Georg Ferdinand Duckwitz, um diplomata alemão, informou secretamente a resistência dinamarquesa que os nazistas estavam planejando deportar os judeus locais. Os dinamarqueses responderam rapidamente organizando uma iniciativa nacional para transportar clandestinamente os judeus para a neutra Suécia. Sabendo dos planos alemães, os judeus começaram a deixar as cidades, tais como Copenhaguem – onde vivia a maioria dos quase 8.000 judeus – de trem, de carro e a pé. Com a ajuda do povo dinamarquês, encontraram lugares para se esconder nas casas, hospitais e igrejas. Durante duas semanas, pescadores ajudaram a transportar com segurança cerca de 7.200 judeus dinamarqueses e 680 não-judeus pela pequena faixa de água que separa a Dinamarca da Suécia.
O resgate dinamarquês foi especial porque foi um esforço nacional. No entanto, não foi totalmente bem-sucedido, quase 500 judeus dinamarqueses foram deportados para o gueto de Theresienstadt na Tchecoslováquia. Ainda assim, daqueles 500, 449 sobreviveram ao Holocausto, em grande parte porque os oficiais dinamarqueses pressionaram os alemães com suas preocupações com o bem-estar daqueles que foram deportados. Os dinamarqueses provaram que o apoio em massa aos judeus e a resistência às políticas nazistas poderiam salvar vidas.
Há diversas histórias de pessoas corajosas em outros países que também tentaram salvar os judeus da perseguição dos nazistas. Aproximadamente 12.000 crianças judias foram resgatadas por clérigos na França, que encontraram casas para elas e até mesmo enviaram-nas clandestinamente à Suíça e Espanha. Cerca de 20.000 judeus poloneses conseguiram sobreviver escondendo-se fora do gueto de Varsóvia porque pessoas íntegras oferecerama eles abrigos em suas casas. Alguns judeus foram escondidos no Zoológico de Varsóvia, pelo seu então diretor Jan Zabinski.
DATAS IMPORTANTES
29 de agosto de 1943 Os alemães ocuparam a Dinamarca em 9 de abril de 1940. data. O governo dinamarquês foi deposto pelos nazistas em 29 de agosto de 1943. Os dinamarqueses e os alemães chegaram a um acordo, estabelecendo que o governo local e seu exército não seriam extintos. Apesar da ocupação, os alemães não iniciaram deportações na Dinamarca. No verão de 1943, com os avanços das forças aliadas, houve um aumento das atividades de resistência naquele país, como ataques e sabotagens contra unidades alemãs, e aqueles atos de patriotismo geraram tensão entre as forças de ocupação nazistas e o governo dinamarquês. Em agosto de 1943, os alemães cobraram novamente do governo da Dinamarca a eliminação das atividades de resistência. O chefe do governo dinamarquês recusou-se a cumprir as novas exigências e foi deposto, após três anos de ocupação alemã. Os alemães assumiram a administração da Dinamarca e tentaram implementar a "Solução Final", prendendo e deportando os judeus daquele país. Os dinamarqueses responderam com uma operação nacional de resgate.
2 de outubro de 1943 Suécia oferece asilo aos judeus da Dinamarca Em um relatório entregue a oficiais alemães em Berlim, o governo sueco informa oferecer asilo para cerca de 7.000 judeus dinamarqueses. No final de setembro de 1943, o plano alemão de prender e deportar os judeus da Dinamarca vazou para as autoridades dinamarquesas, as quais avisaram à população judia pedindo que se escondesse. Em resposta, membros da resistência dinamarquesa, em conjunto com a população local, organizaram espontaneamente uma iniciativa nacional para transportar clandestinamente os judeus até o litoral, de onde pescadores dinamarqueses os transportariam para a Suécia. Em pouco mais de três semanas os dinamarqueses levaram mais de 7.000 judeus e cerca de 700 não-judeus para a Suécia. Apesar dos esforços dinamarqueses, cerca de 500 judeus foram presos pelos alemães e deportados para o gueto de Theresienstadt.
23 de junho de 1944 Uma delegação dinamarquesa visita Theresienstadt Uma delegação dinamarquesa juntou-se à Cruz Vermelha Internacional para efetuar uma visita de inspeção às condições em que viviam os judeus no gueto de Theresienstadt, na Bohemia. Para iludir os inspetores e a opinião mundial sobre o tratamento dado aos judeus pelos nazistas, as SS embelezaram o gueto e criaram a impressão de que Theresienstadt era um assentamento judaico autônomo. Ao contrário dos demais prisioneiros daquele campo, os 500 dinamarqueses que ali se encontravam não foram deportados para campos de concentração e podiam receber pacotes de mantimentos da Cruz Vermelha. Em 15 de abril de 1945, os prisioneiros dinamarqueses foram libertados do gueto e entregues aos cuidados da Cruz Vermelha Sueca como resultado das negociações entre representantes do governo sueco e oficiais nazistas, que garantiram que os prisioneiros escandinavos nos campos, incluindo judeus, fossem transferidos para um campo de retenção no norte da Alemanha. Aqueles prisioneiros foram finalmente enviados à Suécia, onde permaneceram até o fim da Guerra. Dos quase 500 judeus dinamarqueses que foram deportados, cerca de 450 sobreviveram.
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