Illustration from an antisemitic children's primer.

Anti-Semitismo

Nazi propaganda often portrayed Jews as engaged in a conspiracy to provoke war.

Com frequência, a propaganda nazista retratava os judeus como envolvidos em conspirações para provocar guerras. Neste cartaz, é exibido um judeu estereotipado, com traços maléficos, conspirando por trás dos bastidores para controlar as forças Aliadas, representadas pelas bandeiras inglesa, americana e soviética. A legenda diz: "[Quem está] Por trás das forças inimigas: O Judeu”. Cartaz provavelmente divulgado no ano de 1942.

Créditos:
  • US Holocaust Memorial Museum, courtesy of Helmut Eschwege

A palavra anti-semitismo significa preconceito contra ou ódio aos judeus. O Holocausto é o exemplo mais radical de anti-semitismo na história. Apoiados pelo governo, os nazistas alemães e seus colaboradores perseguiram e exterminaram 2/3 dos judeus da Europa entre 1933 e 1945. Em 1879, o jornalista Alemão Wilhelm Marr criou o termo anti-semitismo, que significa ódio contra judeus, e também a não-aceitação de tendências liberais e cosmopolitas da política internacional dos séculos 18 e 19, muitas vezes associadas à imagem dos judeus. As tendências atacadas pelos nazistas abrangiam a igualdade de direitos civis entre os cidadãos de um país, a democracia constitucional, o livre comércio, o socialismo, o capitalismo financeiro, e o pacifismo.

A existência de um ódio específico dirigido contra os judeus antecede a era moderna e a criação do próprio termo anti-semitismo. Entre suas manifestações mais comuns e destrutivas, estão os pogroms, palavra russa que descreve os grandes ataques de violência contra os israelitas, muitas vezes apoiados por autoridades governamentais. Os pogroms eram normalmente provocados por “libelos de sangue”, falsos rumores de que os judeus usavam o sangue de crianças cristãs em seus rituais.

Na era moderna, entre 1870 e o final do século 19, os anti-semitas adicionaram uma dimensão política à sua ideologia de ódio, criando partidos políticos anti-judaicos na Alemanha, França e Áustria. Publicações fraudulentas, como “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, deram legitimidade e apoio a falsas teorias de uma conspiração judaica mundial. Deve-se enfatizar que um forte componente do anti-semitismo político é o nacionalismo exacerbado, cujos adeptos muitas vezes acusam, através das mais variadas mentiras, os judeus de não serem cidadãos leais a seus países.

"Kristallnacht": nationwide pogrom

A Kristallnacht – traduzida literalmente como a "Noite dos Cristais", é muitas vezes chamada de "Noite dos Vidros Quebrados". Ela refere-se ao violento massacre anti-semita ocorrido nos dias 9 e 10 de novembro de 1938. Os ataques ocorreram em toda a Alemanha, a qual já incluía a Áustria e a região dos Sudetos, na antiga Tchecoeslováquia. Centenas de sinagogas em todo o Reich alemão foram atacadas, vandalizadas, saqueadas e destruídas. Muitas foram incendiadas. Os bombeiros receberam instruções para que deixassem as sinagogas serem destruídas, mas que evitassem que as chamas se espalhassem para as construções nas proximidades das mesmas. Os vidros das vitrines de milhares de lojas de propriedade de judeus foram destruídas e suas mercadorias saqueadas. Os cemitérios judeus foram profanados. Muitos judeus foram atacados por membros das Tropas de Assalto (SA). Pelo menos 91 judeus foram brutalmente assassinados naquele massacre.

Créditos:
  • US Holocaust Memorial Museum

O movimento xenófobo Voelkisch, Movimento Popular, foi criado no século 19 por filósofos, acadêmicos e artistas alemães que consideravam o espírito judaico como diferente e inferior ao alemão, moldando assim a percepção popular de que os judeus, ainda que nascidos na Alemanha, filhos, netos, e bisnetos de israelitas daquele país, não eram alemães. Teóricos de uma antropologia racial fraudulenta forneceram o embasamento pseudocientífico para difusão desta idéia. O Partido Nazista, fundado em 1919 e liderado por Adolf Hitler, deu expressão política às teorias do racismo europeu e, incentivando o anti-semitismo latente da população alemã, ganhou popularidade ao apoiar e disseminar este tipo de propaganda política. Milhões de pessoas compraram o livro “Mein Kampf” (Minha Luta), no qual Hitler clamava pela expulsão dos judeus da Alemanha.

During the anti-Jewish boycott, SA men carry banners which read "Germans!

Durante o boicote anti-judeu, homens da SA carregavam faixas onde se lia: "Alemães! Defendam-se! Não comprem dos judeus!" Berlim, Alemanha, março ou abril de 1933.

Créditos:
  • Dokumentationsarchiv des Oesterreichischen Widerstandes

Em 1933, com a ascensão dos nazistas ao poder, o partido ordenou boicotes econômicos aos judeus, a queima de livros judaicos, além de aprovar uma legislação discriminatória anti-semita. Em 1935, as Leis de Nuremberg definiram os judeus empregando termos raciais errôneos, pelo “sangue”, e ordenaram a separação total dos chamados “arianos” dos “não-arianos”, legalizando assim a hierarquia racista, onde os alemães estavam no topo e os demais povos abaixo. Na noite de 9 de Novembro de 1938, os nazistas destruíram sinagogas e vitrines de lojas de propriedade de judeus na Alemanha e na Áustria, fato que ficou conhecido como o pogrom da Kristallnacht, Noite dos Vidros Quebrados. Este evento marcou a transição de uma era de anti-semitismo velado para outra, a da destruição, durante a qual o genocídio foi o foco único do anti-semitismo nazista.

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