Enquanto a sinagoga de Oberramstadt arde em chamas criminosas durante a Noite dos Cristais (a "Noite dos Vidros Quebrados"), os bombeiros nazistas apenas se preocupam em salvar uma casa nas proximidades. Na foto, moradores locais assistem à destruição da sinagoga. Oberramstadt, Alemanha. Dias 9 e 10 de novembro de 1938.
Chamada dos prisioneiros recém chegados, a maioria judeus presos durante a "Noite dos Cristais" (Kristallnacht), no campo de concentração de Buchenvald. Buchenwald, Alemanha, 1938.
Estes pergaminhos da Torá [os cinco primeiros livros do Antigo Testamento: Gênesis, Êxodus, Levíticus, Números e Deuteronômio] eram de uma sinagoga em Viena e de outra em Marburg, foram profanados durante a Noite dos Cristais (Kristallnacht), o violento massacre dos judeus alemães na noite entre 9 e 10 de novembro de 1938. Os ataques aconteceram em toda a Alemanha, na Áustria e na região de população alemã (Sudetenland), na Tchecoslováquia. Estes pergaminhos vistos na fotografia foram encontrados pelos alemães e mantidos com eles até o final da Guerra.
Em meio à intensificação das medidas governamentais contra os judeus e o massacre da Kristallnacht ("Noite dos Cristais") em 1938, a família de Johanna decidiu deixar a Alemanha. Eles conseguiram obter vistos para a Albânia. Em 1939, atravessaram a Itália e embarcaram em um navio. Eles permaneceram na Albânia, então sob a ocupação italiana, e após a rendição italiana aos alemães em 1943, sob a ocupação alemã. A família foi libertada após uma batalha entre os alemães e partisans albaneses em dezembro de 1944.
Dora, seus pais, seu irmão, seu tio, sua tia, e dois primos viviam juntos na casa de seu avô em Essen, Alemanha. Os Unger eram judeus praticantes e, quando Dora tinha 8 anos, ela começou a frequentar regularmente as reuniões da Brit HaNoar, uma organização religiosa para jovens.
1933-39: Em outubro de 1938, uma professora veio até mim na piscina municipal dizendo, com os olhos cheios de lágrimas, "judeus não podem mais nadar aqui". Algumas semanas depois, em 9 de novembro, os judeus foram presos e suas propriedades destruídas. Um vizinho tentou nos proteger mas, naquela noite, enquanto nossa família se reunia apressadamente, os nazistas avistaram nossa casa. De repente, um machado voou pela janela, caindo próximo da minha cabeça. Alguns dias depois, fugimos para a Holanda.
1940-45: Em Amsterdã, por serem refugiados, meus pais não podiam trabalhar e por isso não podiam sustentar a mim e ao meu irmão. Uma organização judaica me enviou a uma instituição, a Buergerweeshuis, um orfanato com 80 crianças refugiadas judias. Logo após a invasão da Holanda pelos alemães em maio de 1940, "Mama Wysmueller", uma holandesa que lutava para resgatar milhares de crianças, providenciando passagens para a Inglaterra, chegou e mandou que todos nós nos vestíssemos. Fomos levados de ônibus até um píer e colocados em um barco, o Bodengraven.
Dora passou o restante da guerra na Inglaterra. Seus pais e seu irmão faleceram nos campos de Sobibor e Auschwitz. Dora emigrou para Israel em 1946.
Inge era a única filha de Berthold e Regina Auerbacher, um casal judeu religioso que vivia em Kippenheim, um povoado no sudoeste da Alemanha, perto da Floresta Negra. Seu pai era um próspero comerciante no ramo têxtil, e a família vivia confortavelmente em uma mansão de dezessete aposentos, com empregados para executar os serviços domésticos.
1933-39: Em 10 de novembro de 1938 criminosos atiraram pedras e quebraram todas as vidraças da nossa casa. Naquele mesmo dia a polícia levou meu pai e meu avô. Minha mãe, minha avó, e eu conseguimos nos esconder em um galpão até que tudo estivesse quieto. Quando saímos do esconderijo soubemos que todos os homens judeus haviam sido levados para o campo de concentração de Dachau. Poucas semanas mais tarde, meu pai e meu avô conseguiram obter permissão para retornar, mas o coração do meu avô não resistiu e no mês de maio ele morreu, vítima de um ataque cardíaco.
1940-45: Quando tinha 7 anos fui deportada com os meus pais para o gueto de Theresienstadt, na Tchecoslováquia. Quando lá chegamos, tiraram tudo da gente, exceto as roupas que estávamos usando e minha boneca, Marlene. As condições de vida no campo eram cruéis. As batatas valiam tanto quanto diamantes. Passei a maior parte do tempo com fome, assustada e doente. No meu aniversário de oito anos meus pais me deram de presente um pequeno bolo de batata com uma pitada de açúcar; no nono, me presentearam com um traje para minha boneca, todo feito com trapos que conseguiram encontrar; e aos dez, um poema escrito por minha mãe.
Em 8 de maio de 1945, Inge e seus pais foram liberados do gueto de Theresienstadt onde haviam sobrevivido por aproximadamente três anos. Eles emigraram para os Estados Unidos em maio de 1946.
A Kristallnacht – traduzida literalmente como a "Noite dos Cristais", é muitas vezes chamada de "Noite dos Vidros Quebrados". Ela refere-se ao violento massacre anti-semita ocorrido nos dias 9 e 10 de novembro de 1938. Os ataques ocorreram em toda a Alemanha, a qual já incluía a Áustria e a região dos Sudetos, na antiga Tchecoeslováquia. Centenas de sinagogas em todo o Reich alemão foram atacadas, vandalizadas, saqueadas e destruídas. Muitas foram incendiadas. Os bombeiros receberam instruções para que deixassem as sinagogas serem destruídas, mas que evitassem que as chamas se espalhassem para as construções nas proximidades das mesmas. Os vidros das vitrines de milhares de lojas de propriedade de judeus foram destruídas e suas mercadorias saqueadas. Os cemitérios judeus foram profanados. Muitos judeus foram atacados por membros das Tropas de Assalto (SA). Pelo menos 91 judeus foram brutalmente assassinados naquele massacre.
O regime nazista organizou uma onda de violência antissemita na Alemanha a ser desencadeada na noite entre os dias 9 e 10 de novembro de 1938. Tal evento ficou conhecido como Kristallnacht, a “Noite dos Cristais” ou “A Noite dos Vidros Quebrados”, devido aos cacos das portas e vitrines de lojas espalhados pelas ruas após aquela onda de violência.
O ataque deveria parecer um surto de ódio não planejado contra os judeus mas, na verdade, foi um ato coordenado por líderes nazistas, com o apoio ativo de Adolf Hitler. Na noite de 9 de novembro, os líderes nazistas ordenaram que os membros de órgãos paramilitares do Partido Nazista (as SS, as SA e a Juventude Hitlerista) atacassem as comunidades judaicas.
Nas horas e nos dias seguintes, grupos nazistas trouxeram de forma sistemática o caos à vida judaica na Alemanha: eles queimaram centenas de sinagogas; vandalizaram milhares de estabelecimentos de propriedade judaica, quebrando os vidros das portas e das vitrines de suas lojas; e também danificando residências e cemitérios judaicos. Além disso, os líderes nazistas ordenaram à polícia e aos bombeiros para que ignorassem os ataques. Assim, as forças policiais não protegeram os judeus ou suas propriedades e os bombeiros não apagaram os incêndios nas sinagogas. Como consequência, centenas de judeus morreram durante a Noite dos Vidros Quebrados (Kristallnacht) e no período que se seguiu à sua execução.
Na manhã seguinte, o regime nazista ordenou à polícia que prendesse cerca de 30 mil judeus alemães do sexo masculino, mesmo que aqueles homens não houvessem cometido crime algum. A polícia os prendeu simplesmente porque eles eram eram israelitas, e os enviaram para campos de concentração, tais como Dachau e Buchenwald. As prisões chocaram e aterrorizaram as famílias e as comunidades judaicas. As autoridades nazistas posteriormente liberaram muitos desses homens, caso as famílias pudessem comprovar que tinham planos para sair da Alemanha; os demais morreram naqueles campos.
A Noite dos Vidros Quebrados foi um momento decisivo para os judeus da Alemanha. Após o acontecido, muitos israelitas concluíram que não haveria futuro para eles na Alemanha nazista.
Datas importantes
7 de novembro de 1938 O catalisador da Noite dos Vidros Quebrados O catalizador foi o atentado de Herschel Grynszpan contra Ernst vom Rath. Grynszpan, um jovem de 17 anos, era um judeu polonês de origem alemã que vivia em Paris, e vom Rath era um diplomata alemão de baixo escalão que trabalhava na embaixada alemã naquela mesma cidade. Aparentemente, foi o desespero relacionado ao destino de seus pais, expulsos da Alemanha para a Polônia ocupada pelos nazistas, que levou Grynszpan a atirar em vom Rath. Os nazistas usaram o atentado para incitar o fervor antissemita na população. Eles alegaram que Grynszpan não havia agido sozinho, que ele fazia parte de uma conspiração mais ampla dos judeus contra a Alemanha. Quando vom Rath morreu, no dia 9 de novembro, os líderes nazistas utilizaram esta falsa teoria como pretexto para desencadear a Kristallnacht, a Noite dos Vidros Quebrados.
9 de novembro de 1938 Joseph Goebbels instiga a execução da Noite dos Vidros Quebrados
Os líderes do Partido Nazista na Alemanha se reuniram em Munique para comemorar o Putsch da Cervejaria. O Golpe da Cervejaria havia sido uma tentativa fracassada de Adolf Hitler para tomar o poder na Alemanha no ano de 1923. Durante a comemoração, eles tomaram conhecimento do fato de que vom Rath havia morrido devido aos ferimentos recebidos no atentado. Como resposta, o ministro da propaganda alemã, Joseph Goebbels, fez um discurso antissemita inflamado. Com a permissão de Hitler, Goebbels fez um apelo para que se desencadeasse um ataque geral contra as comunidades judaicas da Alemanha. Após o discurso, oficiais nazistas entraram em contato com seus distritos eleitorais e repassaram a eles as instruções dadas por Goebbels. Disso, resultou a violência hoje conhecida como Kristallnacht ou “Noite dos Vidros Quebrados
15 de novembro de 1938 Os estadunidenses condenaram a Noite dos Vidros Quebrados As manchetes de jornais estadunidenses condenaram a violência da Noite dos Vidros Quebrados. Em uma coletiva de imprensa no dia 15 de novembro de 1938, o então presidente dos EUA, Franklin D. Roosevelt, denunciou o ataque antissemita. Em uma declaração oficial, ele escreveu: “É difícil acreditar que tais coisas possam ocorrer em [um país civilizado] em pleno século XX”. O presidente, em protesto, retirou oficialmente o embaixador norte-americano da Alemanha.
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