O reverendo Marian foi criado por pais católicos em Niewodowo, uma cidade na província polonesa de Bialystok, próxima de Lomza. Sua família viveu naquele local sob o controle czarista até 1918, quando a Polônia recuperou sua independência. Após concluir o primeiro grau, Marian entrou para a Ordem Franciscana dos Frades Capuchinhos e, posteriormente, passou oito anos estudando na França e na Italia, até que retornou à Polônia para ensinar filosofia aos estudantes da sua ordem religiosa.
1933-39: Quando a Alemanha invadiu a Polônia, em setembro de 1939, eu vivia no nosso monastério, perto de Grodno. Tivemos que abandonar o prédio três semanas mais tarde, quando as tropas soviéticas, penetrando pelo leste, alcançaram Grodno. Eu voltei para Lomza. Os novos governantes soviéticos rechaçavam qualquer religião, dizendo que ela servia apenas para explorar a classe operária. Eu contestava isto nos meus sermões. Quando tomei conhecimento de que os soviéticos iriam me prender, fugi para a parte polonesa que estava ocupada pela Alemanha.
1940-45: Em 1941 os nazistas me capturaram em Varsóvia. Disseram que não tinham nenhuma razão concreta para me prender mas, por ser eu um polonês instruído, não podiam confiar na minha cooperação. Fiquei encarcerado na prisão de Pawiak, e em seguida fui deportado para Auschwitz. Lá, o comandante discursava para nós aos berros, dizendo que devíamos trabalhar duro. Um interprete traduzia os seus gritos para o polonês mas, como eu entendia alemão, o que ele realmente dizia era que nossa única chance de atingir a liberdade era como fumaça pela da chaminé do crematório. Ao invés de traduzir aquelas palavras o interprete dizia "Vocês irão superar tudo isto".
O Rev. Dabrowski foi deportado para Dachau, onde foi submetido a experiências “médicas” com a malária. Ele foi libertado em 29 de abril de 1945 pelas tropas norte-americanas, e emigrou para os Estados Unidos em 1949.
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