Vladka era membro do movimento juvenil Zukunft, ligado ao Partido Socialista Judaico, o Bund. Durante a Guerra, ela trabalhou ativamente no movimento de resistência do gueto de Varsóvia, como membro da Organização Judaica Combatente, ZOB. Em dezembro de 1942, ela conseguiu passar clandestinamente para o lado ariano [não judeu], de Varsóvia para obter armas e descobrir esconderijos para crianças e adultos. Ela tornou-se mensageira da resistência judaica e dos judeus que se refugiavam em campos, florestas e em outros guetos.
Eu achei que estava tudo acabado [com a destruição e o massacre no gueto], que era o fim. Não pensei em mim mesma, se iria morrer ou viver ou se encontraria pessoas queridas ou...Era o fim. Às vezes, eu me sentia furiosa comigo mesma por haver sobrevivido Por que eu não estava lá? Eu deveria estar lá, era lá que eu ficava junto a eles. Eu estava sempre com eles, eu vivia apenas para eles, e para mim era como se aquilo fosse o fim de tudo. Era muito triste quando eu, fingindo ser polonesa católica, ouvia o que as pessoas falavam sobre os judeus do gueto: que achavam bom que eles tivessem tido aquele fim, e diziam "que bom que pelo menos os alemães deram um jeito neles". Nem todos os poloneses eram assim, mas as pessoas diziam estas coisas do lado de fora do gueto, em vez de se solidarizarem com o que estava acontecendo lá dentro [massacre de crianças, jovens, adultos e velhos]], afinal eles haviam sido vizinhos por tantos anos. Senti não apenas falta de solidariedade, mas falta de tristeza ou compaixão por parte das pessoas que os conheciam [que conheciam os judeus sendo assassinados] há tantos anos, que moravam em casas grudadas às deles e que estavam vendo tudo e todos sendo destruídos, virando fumaça. Foi muito triste, muito triste mesmo.
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