Tropas alemãs desfilam em Varsóvia, capital da Polônia, após a rendição daquele país. Varsóvia, Polônia. Foto tirada entre os dias 28 e 30 de setembro de 1939.
John, que havia nascido no seio de uma família polonesa não-judia, graduou-se em uma academia de artes. Quando a Polônia foi invadida pelos alemães, em 1º de setembro de 1939, John estava na cidade de Cracóvia. A comida tornou-se escassa, e grandes filas de pessoas esperavam por qualquer alimento que porventura houvesse. John decidiu juntar-se à resistência contra os alemães. No início de 1940, ele e dois amigos partisans sentiram que estavam correndo perigo e decidiram fugir para a França, mas John foi capturado e preso. Ele sobreviveu à prisão no campo de Auschwitz, onde foi classificado como prisioneiro político, tendo assim o uniforme marcado com um triângulo vermelho [para mostrar que ele era comunista e não judeu].
Lucine nasceu no seio de uma família judia em Lublin. Seu pai era intérprete do tribunal e sua mãe era dentista. A Guerra começou com a invasão da Polônia pelos alemães, em 1º de setembro de 1939, e a casa de Lucine foi saqueada pelos nazistas logo em seguida. Após a ocupação alemã de Lublin, os judeus que ali moravam foram obrigados a usar um distintivo que os identificava como judeus. Em novembro daquele mesmo ano, foi criado um gueto em Lublin, e em novembro de 1942 os alemães o destruíram, [enviando os judeus para o extermínio ou para a escravidão]. Lucine sobreviveu a várias campanhas de extermínio e deportações do gueto durante os meses de março e abril daquele mesmo ano. Em abril de 1942, aquelas pessoas que possuíam carteiras de trabalho válidas foram transferidas para um novo gueto, Majdan Tatarski, próximo ao campo de extermínio de Majdanek. Lucine fugiu de Majdan Tatarski em novembro de 1942, o mês em que os alemães destruíram o gueto. Ela escapou para Varsóvia, onde entrou no gueto local pela primeira vez e, então, conseguiu se esconder no lado "ariano" [da "raça superior", segundo os nazistas].
Embora os pais de Julian, católicos poloneses, houvessem emigrado para os Estados Unidos antes da Primeira Guerra Mundial, sua mãe decidiu retornar à Polônia, onde Julian nasceu em uma aldeia próxima à grande cidade de Tarnow, no sul daquele país. Julian foi criado por sua mãe em Skrzynka, em suma chácara com uma área de 16 mil metros quadrados. Seu pai permaneceu nos Estados Unidos.
1933-39: Aos 16 anos, saí de casa e trabalhei como lavador de pratos em um elegante clube judaico no centro de Tarnow. Quando os alemães invadiram a cidade, em setembro de 1939, retornei para a minha aldeia. Lá, 27 dos judeus de Skrzynka, [pessoas de bem] que eu conhecia, foram obrigados [pelos nazistas] a cavar suas próprias covas e, em seguida, foram massacrados a tiros. Em uma mata próxima, eu encontrei e escondi um rifle abandonado por um soldado polonês em retirada, mas fui traído e deportado para a Áustria, perto de Linz, para trabalhar na fazenda de um rico proprietário de terras.
1940-44: Apaixonei-me por Frieda, a filha do proprietário, e ela também se apaixonou por mim. Quando seu pai soube, ele se opôs ao nosso relacionamento e ela foi enviada para outra fazenda. Continuamos nos encontrando em segredo, embora a lei nazista proibisse relacionamentos entre poloneses e alemães. A Gestapo me avisou: "Se você se encontrar novamente com Frieda, será enforcado". Fui transferido para outra fazenda, mas continuamos nos encontrando até que fui preso, em 19 de setembro de 1941. Fui encarcerado em um local próximo e, em seguida, transferido para Flossenbürg onde, [como escravo], trabalhei em uma pedreira.
Julian foi libertado em 23 de abril de 1945, durante uma marcha forçada que havia saído de Flossenbürg. Reencontrando-se após a Guerra, Julian e Frieda se casaram e emigraram para os Estados Unidos.
Vista da cidade de Roterdã após a mesma ser bombardeada pelos alemães durante a "Campanha Ocidental", em maio de 1940. Roterdã, Holanda. Foto de maio de 1940.
Niels foi criado dentro de uma família judia muito religiosa. Em 1932 eles todos fugiram para Copenhague, na Dinamarca, e em meados da década de 30 o pai de Niels abriu um antiquário. Os alemães invadiram a Dinamarca em abril de 1940, mas para Niels muito pouco pareceu mudar durante os três anos sob ocupação. Quando tomaram conhecimento dos planos dos alemães para prender os judeus locais em outubro de 1943, Niels e sua família decidiram fugir. Um membro da resistência os levou para a vila pesqueira de Snekkersten, de onde eles conseguiram fugir de barco para a Suécia. Niels retornou à Dinamarca em maio de 1945.
Unidades de uma divisão blindada alemã no fronte leste da Europa, em fevereiro de 1944. As forças soviéticas, na ofensiva desde a batalha de Stalingrado, passaram a empurrar as tropas alemãs em direção às fronteiras da Prússia Oriental, no final de 1944. União Soviética. Foto de fevereiro de 1944.
Tropas britânicas desembarcam nas praias da Normandia no Dia-D, o início da invasão da França pelos Aliados para estabelecer uma segunda frente de batalha contra as forças alemãs na Europa. Normandia, França, 6 de junho de 1944.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu grande parte da Europa empregando uma nova tática denominada “Blitzkrieg” (guerra relâmpago). Esta estratégia envolvia um grande número de aviões, tanques e unidades de artilharia agindo em conjunto. Enquanto as forças terrestres alemães rompiam as defesas inimigas em uma faixa estreita de terra, sua força aérea bombardeava as laterais e costas dos adversários para evitar que eles pudessem fechar um cerco em torno dos invasores. Assim, os alemães cercavam as tropas inimigas por partes, obrigando-as a se renderem.
Usando a Blitzkrieg, a Alemanha derrotou a Polônia (atacada em setembro de 1939), Dinamarca (abril de 1940), Noruega (abril de 1940), Bélgica (maio de 1940), Holanda (maio de 1940) Luxemburgo (maio de 1940), França (maio de 1940), Iugoslávia (abril de 1941) e Grécia (abril de 1941). No entanto, apersar de tentar, a Alemanha não conseguiu derrotar a Grã-Bretanha, apesar de pesado bombardeio, pois aquele país estava protegida de um ataque terrestre pelas águas do Canal da Mancha.
As forças alemãs atacaram a União Soviética em junho de 1941, avançando mais de 965 km em direção aos subúrbios de Moscou. Uma segunda ofensiva, em 1942, levou os soldados alemães até as margens do rio Volga e à cidade de Stalingrado. Apesar disto, a União Soviética, juntamente com a Grã-Bretanha e os Estados Unidos (que havia entrado na guerra contra a Alemanha em dezembro de 1941), conseguiu mudar os rumos da contenda.
A Batalha de Stalingrado, no leste do território soviético, foi um ponto decisivo para esta reviravolta. Após sua derrota em Stalingrado, no inverno de 1942-43, as tropas alemãs tiveram que fugir através de um longo caminho de volta, e em abril de 1945, as forças soviéticas invadiram Berlim. No dia 6 de junho de 1944 (conhecido como o “Dia D”), no oeste europeu, mais de dois milhões de soldados aliados iniciaram seu desembarque nas praias da Normandia, França. Em julho, partiram da Normandia rumo ao agressor, continuando o ataque a Alemanha. Em março de 1945, as Forças Aliadas cruzaram o rio Reno, avançando até o centro da Alemanha.
A Alemanha nazista rendeu-se aos Aliados em maio de 1945.
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