Assim como outros judeus, a família Lewent ficou presa no gueto de Varsóvia. Em 1942, enquanto Abraham se escondia em um espaço apertado, os alemães capturavam sua mãe e irmãs em um ataque surpresa, e elas foram assassinadas. Ele foi enviado para um campo de trabalho forçado próximo, mas conseguiu escapar e voltar para seu pai que continuava no gueto. Em 1943, os dois foram deportados para Majdanek, onde o pai de Abraham morreu. Abraham, mais tarde, foi enviado para os campos de Skarzysko, Buchenwald, Schlieben, Bisingen e Dachau. As tropas norte-americanas libertaram Abraham enquanto os alemães evacuavam os prisioneiros.
Leia MaisQuando jovem, Beno usava sua habilidade de falar outros idiomas para conseguir pequenos papéis em filmes. Ele e sua família foram deportados para o gueto de Lodz, onde lutavam diariamente para obter um pouco de comida. Beno tornou-se membro de organizações secretas, tornando-se um partisan, e se tornou especialista em descarrilhar trens [nazistas]. Sua família foi dividida e enviada para os campos de Auschwitz. Todos foram mortos, exceto ele e uma irmã, a qual ele conseguiu encontrar depois da Guerra. Beno sobreviveu a vida em vários campos e, posteriormente, ajudou a rastrear criminosos de guerra.
Leia MaisBlanka era a filha única de uma família muito unida em Lodz, na Polônia. Seu pai morreu em 1937. Após a invasão alemã na Polônia, Blanka e sua mãe permaneceram em Lodz com a avó de Blanka, que estava impossibilitada de viajar. Com outros parentes, elas foram forçadas a ir para o gueto de Lodz em 1940. Lá, Blanka trabalhou em uma padaria. Ela e sua mãe, mais tarde, trabalharam em um hospital no gueto de Lodz, onde permaneceram até o final de 1944, quando foram deportadas para o campo de Ravensbrueck, na Alemanha. De Ravensbrueck, Blanka e sua mãe foram enviadas para o subcampo de Sachsenhausen. Blanka foi obrigada a trabalhar em uma fábrica de aviões (Arado-Werke). Sua mãe foi mandada para outro campo. As forças soviéticas libertaram Blanka na primavera de 1945. Blanka, vivendo em casas abandonadas, conseguiu voltar para Lodz. Ela descobriu que nenhum de seus parentes, incluindo sua mãe, havia sobrevivido. Blanka, então, foi em direção ao oeste, para Berlim, chegando, por fim, em um campo para deslocados de guerra. Ela emigrou para os Estados Unidos em 1947.
Leia MaisCecilie era a mais nova de seis irmãos nascidos em uma família judia religiosa de classe média. Em 1939, a Hungria ocupou a região em que Cecilie morava na Tchecoslováquia. Os membros da sua família foram aprisionados. Os alemães ocuparam a Hungria em 1944. Cecilie e sua família tiveram que se mudar para um gueto em Huszt e posteriormente foram deportados para Auschwitz. Cecilie e sua irmã foram escolhidas para o trabalho forçado; o resto da sua família foi envenenada por gás na chegada. Cecilie foi transferida para diversos outros campos, nos quais trabalhou em fábricas. As forças Aliadas a libertaram em 1945. Após a guerra, ela reencontrou seu noivo e casou-se com ele.
Leia MaisEm setembro de 1939 os alemães invadiram a Polônia. Quando a cidade de Makow foi ocupada pelos nazistas, Sam fugiu para o território soviético. Ele retornou a Makow para buscar mantimentos, mas foi forçado a viver no gueto. Em 1942, ele foi deportado para Auschwitz. Em 1944, conforme as tropas soviéticas avançavam em território nazista, Sam e outros prisioneiros foram enviados para campos dentro da própria alemanha. No início de março de 1945, os prisioneiros foram obrigados pelos alemães a efetuar uma marcha da morte. As forças norte-americanas libertaram Sam após ele haver escapado de um bombardeio aéreo.
Leia MaisOs pais de Charlene eram líderes da comunidade judaica local e a família participava ativamente na mesma. O pai de Charlene era professor de filosofia na Universidade de Lvov. A Segunda Guerra Mundial começou com a invasão alemã da Polônia, no dia 1º de setembro de 1939. A cidade de Charlene se localizava na região oriental da Polônia, ocupada pela União Soviética sob o Pacto Germano-Soviético, de agosto de 1939. Com a ocupação soviética, a família permaneceu em sua casa e o pai de Charlene continuou lecionando. Os alemães invadiram a União Soviética em junho de 1941, e após a ocupação, prenderam o pai de Charlene. Ela nunca mais o viu. Charlene, sua mãe e sua irmã foram forçadas a ficar em um gueto construído pelos alemães, em Horochow. Em 1942, Charlene e sua mãe fugiram do gueto depois de ouvir rumores de que os alemães iriam destruí-lo. Sua irmã tentou se esconder em outro lugar e ninguém nunca mais soube dela. Charlene e sua mãe se esconderam em arbustos na margem do rio. Passaram parte do tempo submersas na água, conseguindo evitar serem descobertas. Elas passaram muitos dias escondidas. Um dia, Charlene acordou e descobriu que sua mãe havia desaparecido. Charlene sobreviveu sozinha nas florestas próximas a Horochow e foi libertada pelas tropas soviéticas. Por fim, ela emigrou para os Estados Unidos.
Leia MaisOs pais de Charlene eram líderes da comunidade judaica local e a família participava ativamente na mesma. O pai de Charlene era professor de filosofia na Universidade de Lvov. A Segunda Guerra Mundial começou com a invasão alemã da Polônia, no dia 1º de setembro de 1939. A cidade de Charlene se localizava na região oriental da Polônia, ocupada pela União Soviética sob o Pacto Germano-Soviético, de agosto de 1939. Com a ocupação soviética, a família permaneceu em sua casa e o pai de Charlene continuou lecionando. Os alemães invadiram a União Soviética em junho de 1941, e após a ocupação, prenderam o pai de Charlene. Ela nunca mais o viu. Charlene, sua mãe e sua irmã foram forçadas a ficar em um gueto construído pelos alemães, em Horochow. Em 1942, Charlene e sua mãe fugiram do gueto depois de ouvir rumores de que os alemães iriam destruí-lo. Sua irmã tentou se esconder em outro lugar e ninguém nunca mais soube dela. Charlene e sua mãe se esconderam em arbustos na margem do rio. Passaram parte do tempo submersas na água, conseguindo evitar serem descobertas. Elas passaram muitos dias escondidas. Um dia, Charlene acordou e descobriu que sua mãe havia desaparecido. Charlene sobreviveu sozinha nas florestas próximas a Horochow e foi libertada pelas tropas soviéticas. Por fim, ela emigrou para os Estados Unidos.
Leia MaisBlanka era a filha única de uma família muito unida em Lodz, na Polônia. Seu pai morreu em 1937. Após a invasão alemã na Polônia, Blanka e sua mãe permaneceram em Lodz com a avó de Blanka, que estava impossibilitada de viajar. Com outros parentes, elas foram forçadas a ir para o gueto de Lodz em 1940. Lá, Blanka trabalhou em uma padaria. Ela e sua mãe, mais tarde, trabalharam em um hospital no gueto de Lodz, onde permaneceram até o final de 1944, quando foram deportadas para o campo de Ravensbrueck, na Alemanha. De Ravensbrueck, Blanka e sua mãe foram enviadas para o subcampo de Sachsenhausen. Blanka foi obrigada a trabalhar em uma fábrica de aviões (Arado-Werke). Sua mãe foi mandada para outro campo. As forças soviéticas libertaram Blanka na primavera de 1945. Blanka, vivendo em casas abandonadas, conseguiu voltar para Lodz. Ela descobriu que nenhum de seus parentes, incluindo sua mãe, havia sobrevivido. Blanka, então, foi em direção ao oeste, para Berlim, chegando, por fim, em um campo para deslocados de guerra. Ela emigrou para os Estados Unidos em 1947.
Leia MaisLeah foi criada em Praga, um subúrbio da cidade de Varsóvia, na Polônia. Ela era ativista do movimento da juventude sionista Ha-Shomer ha-Tsa'ir. Em setembro de 1939, a Alemanha invadiu a Polônia e obrigou os judeus a viverem confinados no gueto de Varsóvia, o qual foi murado pelos alemães em novembro de 1940. No gueto, Leah vivia com um grupo de membros do Ha-Shomer ha-Tsa'ir. Em setembro de 1941, ela e outros membros daquele grupo de jovens conseguiram fugir para uma fazenda do Movimento em Zarki, perto de Czestochowa, na Polônia. Em maio de 1942, Leah tornou-se mensageira da resistência [contra os nazistas] e, utilizando documentos poloneses falsos, viajava entre o gueto de Cracóvia e o campo de Plaszow. Como as condições se agravaram, ela teve que fugir para Tarnow mas logo decidiu retornar para a Cracóvia. Leah também fingiu ser uma polonesa não-judia em Czestochowa e em Varsóvia, e foi mensageira do Comitê Nacional Judaico e da Organização Judaica Combatente (ZOB). Ela lutou em uma unidade judaica no Armia Ludowa (Exército do Povo [Polonês]) durante a revolta polonesa de Varsóvia em 1944. Leah foi libertada pelas forças soviéticas. Após a Guerra, ela ajudou inúmeras pessoas a emigrarem da Polônia, e posteriormente mudou-se para Israel antes de finalmente se estabelecer nos Estados Unidos.
Leia MaisEmanuel e sua família moravam na pequena cidade de Miechow, no norte da Cracóvia. Depois que a Alemanha invadiu a Polônia, em setembro de 1939, aumentou a perseguição aos judeus. Os alemães formaram um gueto em Miechow. Emanuel foi obrigado a morar no gueto. Emanuel, sua mãe e sua irmã fugiram do gueto antes de sua destruição, em 1942. Ele ficou em um monastério, com identidade fictícia, junto com membros da resistência polonesa. Emanuel saiu do monastério após cerca de um ano, quando um professor começou a suspeitar que ele era judeu. Depois, Emanuel envolveu-se no contrabando de mercadorias para Cracóvia e Varsóvia. Ele fugiu para a Hungria no outono de 1943. Após a ocupação alemã da Hungria em 1944, Emanuel tentou fugir novamente, mas foi pego e levado à prisão. Ele sobreviveu à guerra.
Leia MaisPaula era uma das quatro crianças de uma família judia religiosa que vivia em Lodz, uma cidade industrial com uma grande população judaica. Quando criança, Paula freqüentava escolas públicas e três vezes por semana recebia instrução religiosa em casa. Seu pai era dono de uma loja de móveis.
1933-39: Meus irmãos e eu passávamos boa parte do nosso tempo no clube do grupo sionista, Gordonia. Nosso grupo acreditava em valores humanísticos, na força do trabalho manual judaico, e na construção da pátria judaica na área do Mandato Britânico então denominada Palestina. Eu gostava de trabalhos manuais e fazia muito tricô e croché, além de costurar. Em setembro de 1939, quando estava na no final do primeiro grau, tive os estudos interrompidos porque a Alemanha invadiu a Polônia e, em 8 de setembro os nazistas chegaram à cidade de Lodz.
1940-44: No início de 1940 nossa família foi transferida à força para o gueto de Lodz, onde fomos obrigados a morar todos no mesmo aposento. A falta de comida era nosso maior problema. Na fábrica de roupas femininas onde eu trabalhava com o escrava, pelo menos recebia um pouco de sopa no almoço, mas não havia como levar nada para os demais. Meu irmão mais novo estava muito doente e com hemorragia interna , e precisávamos desesperadamente encontrar mais comida para alimentá-lo. Pela janela da fábrica eu podia ver um campo plantado com batatas, e numa noite, mesmo sabendo que se fosse apanhada poderia ser fuzilada, escapei até o campo, peguei o quanto podia de batatas, e corri de volta para a casa.
Em 1944 Paula foi deportada para Bremen, na Alemanha, como trabalhadora escrava. Ela foi liberada do campo de Bergen-Belsen em 1945, e depois da Guerra emigrou para os Estados Unidos.
Leia MaisNanny era a mais velha dos quatro filhos de uma família judia que morava na pequena cidade de Schlawe, no norte da Alemanha, onde seu pai era dono do moinho de grãos local. O nome hebraico de era Nocha. Ela cresceu brincando no terreno do moinho, em uma casa rodeada por pomares e um grande jardim. Em 1911 Nanny casou-se com Arthur Lewin e eles tiveram dois filhos, Ludwig e Úrsula.
1933-39: Eu e minha mãe, que já era viúva, nos mudamos para Berlim pois temíamos o crescimento do anti-semitismo em Schlawe. Pensamos que, sendo judias, chamaríamos menos atenção em uma cidade grande. Nós moramos no andar abaixo ao da minha irmã Kathe, que havia se casado com um protestante e se convertido. Pouco depois de nos instalarmos, os alemães começaram a restringir o direito de ir e vir dos judeus, de forma que passamos a não nos sentír seguras quando estávamos fora do nosso apartamento.
1940-44: Minha mãe e eu fomos deportadas para o gueto de Theresienstadt, na Boêmia. Fomos colocadas em um aposento no segundo andar de uma casa suja, super-lotada e infestada por piolhos, onde o fogão é abastecido com serragem. Como sou a mais nova das pessoas que vivem neste mesmo aposento—tenho 56 anos—sou a que carrega os sacos de serragem, nas costas. Estou ficando muito fraca, e não consigo ouvir bem, e preciso de uma bengala para caminhar. Hoje de manhã fiquei sabendo que meu nome está na lista das pessoas que serão transportadas para outro campo. Eu não quero ir, mas não tenho escolha.
Nanny foi deportada para Auschwitz em 15 de maio de 1944, e foi morta por asfixia com gás venenosos imediatamente após seu desembarque. Nanny tinha 56 anos de idade.
Leia MaisDavid cresceu em um povoado da Lituânia localizado perto da fronteira com a Letônia. Seu pai era vendedor. Aos seis anos, David foi mandado para estudar os textos tradicionais do judaísmo na academia rabínica de Ukmerge, cidade conhecida pelos judeus pelo seu nome russo, Vilkomir. Seis anos mais tarde, devido à morte de seu pai, David foi chamado de volta para casa para cuidar da família Selznik. 1933-39: Perdi o meu emprego em 1933, então deixei a Lituânia, fui para os Estados Unidos e, em seguida, para Portugal. Mas, como em 1936 os países bálticos encontravam-se muito vulneráveis frente aos regimes de Stalin e a Hitler, decidi voltar para casa para ajudar minha mãe e minhas irmãs, as quais haviam mudado para a cidade de Kovno. A ameaça da guerra nos envolvia, mas os judeus não podiam ir embora. Por meio de alguns contatos comerciais encontrei emprego em um ponto de vendas a varejo para materiais para escritório. 1940-44: No verão de 1941 os alemães ocuparam Kovno e nós fomos forçados a ir para um gueto. As condições se agravaram ainda mais em 1943, e em março de 1944 o número de assassinatos de judeus dentro do gueto cresceu muito. Vi alguns ucranianos e lituanos ajudarem aos nazistas, vi com meus póprios olhos quando eles levaram as crianças até o último andar de um edifício e as jogavam pela janela para um guarda que ficava na rua. Ele, então, pegava as crianças e batia com suas cabeças contra a parede até que morressem, todas foram mortas. Em 1944, David conseguiu escapar em um veículo que saia do gueto e, durante tres semanas, escondeu-se em uma floresta nas proximidades, até a área ser liberada. Ele emigrou para os Estados Unidos em 1949.
Leia MaisFeiga vivia com o marido Welwel e e três filhos na pequena cidade de Kaluszyn, cuja população era predominantemente judaica, situada a cerca de 56 km a leste de Varsóvia. Os Kisielnickis eram religiosos e em casa utilizavam o idioma ídiche. Feiga era dona-de-casa, e seu marido era um comerciante que freqüentemente viajava a negócios, a cavalo ou em uma carroça, para Varsóvia.
1933-39: A Alemanha invadiu a Polônia recentemente, e há alguns dias os alemães enfrentaram as tropas polonesas em uma batalha bem aqui em Kaluszyn. Metade da cidade, incluindo nossa casa, foi atingida pelos bombardeios. Tivemos então que sair de lá e fomos viver na mesma vizinhança que Mojsze, um primo de Welwel, nos arrabaldes da cidade. Agora as tropas alemãs controlam Kaluszyn, e os nazistas estão “reassentando” lá centenas de judeus de outras cidades. Muitas famílias são obrigadas a dividir uma única casa.
1940-44: As condições em Kaluszyn continuam a piorar. Aqui no gueto, que os nazistas recentemente emparedado peelos nazistas, as pessoas estão morrendo de fome. É difícil manter nossas casas superlotadas livres da ameaça mortal do piolho que hospeda o tifo. Meu filho mais velho, Israel Yitzac, de 21 anos, está com febre e doente. Estou preocupada com ele, ele está muito fraco por causa da fome, e quase não há medicamentos. Eu cuido dele o melhor que posso.
O filho de Feiga morreu em consequência do tifo. No fim de 1942 os nazistas destruíram Kaluszyn, enviando a maioria da população daquele gueto para o campo de extermínio de Treblinka. Feiga foi morta aos 54 anos.
Leia MaisInge era a única filha de Berthold e Regina Auerbacher, um casal judeu religioso que vivia em Kippenheim, um povoado no sudoeste da Alemanha, perto da Floresta Negra. Seu pai era um próspero comerciante no ramo têxtil, e a família vivia confortavelmente em uma mansão de dezessete aposentos, com empregados para executar os serviços domésticos.
1933-39: Em 10 de novembro de 1938 criminosos atiraram pedras e quebraram todas as vidraças da nossa casa. Naquele mesmo dia a polícia levou meu pai e meu avô. Minha mãe, minha avó, e eu conseguimos nos esconder em um galpão até que tudo estivesse quieto. Quando saímos do esconderijo soubemos que todos os homens judeus haviam sido levados para o campo de concentração de Dachau. Poucas semanas mais tarde, meu pai e meu avô conseguiram obter permissão para retornar, mas o coração do meu avô não resistiu e no mês de maio ele morreu, vítima de um ataque cardíaco.
1940-45: Quando tinha 7 anos fui deportada com os meus pais para o gueto de Theresienstadt, na Tchecoslováquia. Quando lá chegamos, tiraram tudo da gente, exceto as roupas que estávamos usando e minha boneca, Marlene. As condições de vida no campo eram cruéis. As batatas valiam tanto quanto diamantes. Passei a maior parte do tempo com fome, assustada e doente. No meu aniversário de oito anos meus pais me deram de presente um pequeno bolo de batata com uma pitada de açúcar; no nono, me presentearam com um traje para minha boneca, todo feito com trapos que conseguiram encontrar; e aos dez, um poema escrito por minha mãe.
Em 8 de maio de 1945, Inge e seus pais foram liberados do gueto de Theresienstadt onde haviam sobrevivido por aproximadamente três anos. Eles emigraram para os Estados Unidos em maio de 1946.
Leia MaisNascida Ellse Herz, ela era uma das três crianças de uma família judia residente na cidade portuária de Hamburgo, Alemanha. Seu pai era dono de uma firma de importação e exportação de grãos. Quando criança Else freqüentou uma escola privada para meninas. Em 1913 ela casou-se com Fritz Rosenber, e o casal mudou-se para Goettingen, onde criaram três filhos. 1933-39: Com o início da Depressão nos anos 30, a fábrica de linho do marido de Else entrou em declíni, e quando os nazistas chegaram ao poder em 1933, eles confiscaram a fábrica dos Rosenberg. Além de ser privada de seu sustento, a família também foi expulsa de sua casa, tendo que retornar para Hamburgo, onde passou a depender da ajuda financeira de parentes e de quaisquer ganhos que os dois filhos homens, aprendizes de venda, conseguissem obter. 1940-43: No final de 1941 os Rosenberg foram deportados para o gueto de Minsk, na Rússia, a 130 km a leste de onde viviam. Else foi colocada no trabalho de limpeza da neve e gelo dos trilhos do trem, durante a noite. Em julho de 1942, depois que as equipes de trabalho saíram do gueto para o dia de trabalho, o local foi cercado pelos soldados das SS. A equipe de Else ouvia o barulho de tiros que vinha do gueto, mas os trabalhadores nada podiam fazer pois foram lá mantidos à força durante três dias; a angústia crescia a cada momento. Quando finalmente receberam permissão para entrar no gueto, Else viu centenas de cadáveres espalhados em todos os lugares;mas, milagrosamente, sua família ainda estava viva. Cerca de 30.000 judeus foram assassinados durante aqueles três dias. O filho de Else, Heinz, foi levado para o campo de extermínio de Treblinka em setembro de 1943. Duas semanas depois, o gueto de Minsk foi destruído, e nunca mais se ouviu falar de Else ou de sua família.
Leia MaisFritz era um dos três filhos de uma família judia na cidade universitária de Goettingen, Alemanha, onde os Rosenberg haviam vivido desde o século 17. Seu pai era dono de uma fábrica de confecção de tecidos de linho, e Fritz trabalhava como vendedor na mesma. Posteriormente herdou, juntamente com seus irmãos, os negócios do pai. Em 1913 Fritz casou-se com Else Herz, e no início da década de 20 tiveram dois filhos e uma filha.
1933-39: Em 1933 os nazistas subiram ao poder na Alemanha, e um ano depois a fábrica dos Rosenberg foi desapropriada. Um dia, três soldados foram à casa da família, e um oficial colocou sua arma em cima da mesa dizendo que se a família não saísse de lá em uma semana, eles e seus pertences seriam jogados pela janela. Em menos de um mês a família mudou-se para Hamburgo onde, apoiada pelo tio de Fritz, permaneceu em até a guerra eclodir, no outono de 1939.
1940-43: Em novembro de 1941, Fritz e sua família foram deportados para o gueto de Minsk, na URSS, juntamente com outros 1.000 judeus de Hamburgo. Assim que desembarcaram foram cercados pelos guardas das SS e levados até um prédio de tijolos vermelhos, e naquele trajeto viram cadáveres espalhados pelo chão. Antes que fossem colocados dentro do alojamento foram obrigados a remover os corpos caídos no chão e lavar as paredes cobertas de sangue. Os pratos de comida sobre a mesa ainda continham comida. Os demais prisioneiros disseram a eles que milhares de judeus soviéticos haviam sido assassinados para dar espaço para os recém chegados.
O gueto de Minsk foi destruído em outubro de 1943, e nunca mais se teve notícias de Fritz. Seu filho Heinz foi deportado em setembro e foi o único daquela família a sobreviver à Guerra.
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